Retrospectiva 2024-25: no topo da Europa!

Futebol masculino
Em 31 de maio de 2025, o Paris Saint-Germain escreveu a página mais bonita da sua história ao conquistar sua primeira Liga dos Campeões. Uma campanha tão excepcional quanto disputada: 17 jogos de setembro a maio, de Paris até Munique. Retrospectiva da trajetória fantástica dos Rouge et Bleu, que passaram por todas as emoções.

DA SOMBRA À LUZ: A FASE DE LIGA

O clube da capital descobria nesta temporada um formato inédito de fase de liga, com oito rodadas de jogos classificatórios. Uma vitória logo na estreia contra o Girona FC (1-0), seguida por um período mais complicado, com quatro partidas sem vencer. Provisoriamente fora das 25 primeiras posições da tabela — sinônimo de eliminação — o Paris precisava reagir a todo custo para manter viva a esperança de seguir na competição.

Foi em uma viagem vitoriosa à Áustria que os comandados de Luis Enrique recuperaram a confiança, vencendo o Salzburgo. O primeiro grande feito desta campanha europeia aconteceu algumas semanas depois no Parc des Princes. Em uma noite de janeiro contra o Manchester City, o Paris chegou a estar perdendo por dois gols aos 53 minutos. Em apenas 4 minutos, Ousmane Dembélé (1-2, 56’) e Bradley Barcola (2-2, 60’) mudaram completamente a dinâmica da partida. Já no final, João Neves (3-2, 78’) e Gonçalo Ramos (4-2, 90’+3) garantiram uma vitória espetacular. Os parisienses encerraram essa primeira fase com um belo triunfo sobre o Stuttgart (1-4), que os colocou na 15ª posição.

DA BRETANHA À GRÃ-BETANHA: HORA DO MATA-MATA

Nos 16-avos de final, o Paris enfrentou o compatriota Brest. No jogo de ida, Marquinhos disputou sua 100ª partida de UEFA Champions League — celebrada com uma vitória por 3-0! Na volta, com um 7-0 histórico, o Paris Saint-Germain se tornou o primeiro clube a ter sete goleadores diferentes em um mesmo jogo da competição.

Contra o Liverpool, na fase seguinte, os Rouge et Bleu mostraram mais uma vez sua capacidade de reação. Após uma derrota difícil no jogo de ida (0-1), Ousmane Dembélé abriu o placar logo cedo em Anfield (0-1, 12’). Sem que nenhuma das equipes conseguisse se impor no restante do jogo, a decisão foi para os pênaltis. Com a vitória na primeira disputa de penalidades da sua história na Champions League, o Paris provou ao mundo sua força mental.

Um adversário inédito nas quartas de final: o Aston Villa, uma equipe jovem e com argumentos interessantes. Mesmo após abrir o placar, os Villains viram Désiré Doué (1-1, 39’), Khvicha Kvaratskhelia (2-1, 49’) e Nuno Mendes (3-1, 90’+2) darem uma bela vantagem ao Paris Saint-Germain. No jogo de volta, quando parecia tudo controlado com um 0-2 a favor, o Aston Villa reagiu fortemente e venceu a partida (3-2). Um susto, mas com a classificação garantida!

Em um terceiro confronto consecutivo contra um clube inglês, o Paris enfrentou o Arsenal. Pela primeira vez na história, o clube da capital venceu os jogos de ida e volta de uma semifinal de UEFA Champions League. Duas vitórias sólidas e cheias de confiança: 0-1 em Londres, com gol de Ousmane Dembélé (4’), e depois 2-1 no Parc des Princes. Fabián Ruiz abriu o placar com um lindo voleio (1-0, 27’) e Achraf Hakimi ampliou (2-0, 72’), atingindo 36,9 km/h — a maior velocidade registrada na competição. Paris soltou seu “arsenal” e garantiu a classificação para a segunda final da sua história...


PARA SEMPRE OS MELHORES

No dia 31 de maio, na noite de Munique, o Paris Saint-Germain realizou o feito de conquistar sua primeira UEFA Champions League com uma vitória histórica por 5 a 0 contra a Inter de Milão. Achraf Hakimi abriu o placar (1-0, 12’) após assistência de Désiré Doué. Pouco depois, Doué marcou dois gols (2-0 aos 20’ e 3-0 aos 63’), tornando-se o primeiro jogador da história a participar diretamente de três gols em uma final de Champions! Em uma jogada coletiva iniciada por Willian Pacho, Kvaratskhelia marcou o quarto gol parisiense (4-0, 73’). No fim do jogo, foi a vez de Senny Mayulu entrar para a história: o jovem titi parisiense, com apenas 19 anos e 14 dias, tornou-se o segundo jogador mais jovem a marcar em uma final da competição.

Depois de tantos anos de lutas e batalhas, o Paris finalmente sentou-se no topo da Europa e ergueu a tão sonhada “orelhuda”. João Neves percorreu a maior distância do que qualquer outro jogador na competição nesta temporada, acumulando 184,3 quilômetros em 16 partidas. Ousmane Dembélé, por sua vez, participou diretamente de 14 gols: 8 marcados e 6 assistências, um recorde para um jogador de um clube francês em uma mesma edição. Uma temporada mágica, refletida nessas performances dedicadas ao coletivo.


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