O povo parisiense sonhava com isso, e Luis Enrique e seus comandados o tornaram realidade. Na noite de sábado, o clube da capital conquistou sua estrela em uma noite inesquecível. Uma vitória que se concretizou em um duelo em que tudo correu bem, com nossos Rouge et Bleu demonstrando um espírito de luta implacável durante toda a partida.
Depois do esforço, chegou a hora da comemoração parisiense. Mal a euforia da vitória havia se dissipado, nossos campeões europeus convidaram seu povo para um desfile excepcional na Champs-Élysées, nesta tarde de domingo.
Desde o início da tarde, multidões se aglomeraram na avenida mais bela do mundo para aguardar pacientemente seus heróis. Ao mesmo tempo, os parisienses deixaram Munique, uma cidade agora gravada para sempre na história do clube da capital, rumo à região parisiense, onde pulsam os corações de seus torcedores.
Aproximadamente uma hora e meia e 685 quilômetros depois, os campeões europeus pousaram em Roissy e imediatamente iniciaram sua jornada pelas ruas da capital. Do avião para o ônibus, foi apenas um passo curto, e cercados por uma procissão fabulosa, quando nossos Rouge et Bleu chegaram à Champs-Élysées. Enquanto isso, quase 70 mil torcedores se reuniram na Place de l'Étoile, que realmente faz jus ao seu nome.
Diante de uma multidão eufórica, as comemorações finalmente puderam começar. Por mais de meia hora, o ônibus de dois andares encantou a torcida, que usou as poucas vozes que lhe restavam para agradecer, torcer e parabenizar o time. Como cantava Maurice Chevalier há quase um século, "Paris sempre será Paris, a cidade mais bela do mundo". Sejam os torcedores ou os jogadores, os Rouge et Bleu provaram isso mais uma vez neste domingo.
Ao final da Champs-Élysées, porém, as festividades estavam apenas começando para o clube da capital, que se preparava para retornar à sua casa, o Parc des Princes, para continuar as comemorações com seus torcedores até o fim da noite.
A partir das 20h30, o estádio foi transportado para outra dimensão. Motivada por um fervor excepcional, a noite começou com uma eletrizante apresentação musical do DJ Snake, acompanhado por Niska, que veio celebrar a vitória parisiense com uma nova música criada especialmente para a ocasião. As arquibancadas lotadas vibraram em uníssono, entre cânticos, bandeiras e lágrimas de emoção.
Às 21h30, o clima ficou ainda mais animado com as entradas individuais dos jogadores, saudadas por uma ovação monumental. O capitão Marquinhos e o presidente Nasser Al-Khelaifi discursaram, cada um com uma intensidade e sinceridade que tocaram o coração da torcida. A entrega do troféu, um momento há muito aguardado, foi seguida por uma volta olímpica memorável, repleta de comunhão, gratidão e orgulho compartilhado. Esta noite, o Parc des Princes não era apenas um estádio: era o coração pulsante de um clube, de uma cidade e de todo o povo Rouge et Bleu.
