Para seu último jogo do ano de 2025, que ficará marcado como uma temporada excepcional, os parisienses, recém-campeões da Copa Intercontinental da FIFA, viajam até o estádio da Beaujoire para enfrentar o Fontenay, pela fase de 32 avos de final da Copa da França. Com o objetivo de encerrar o ano da melhor maneira possível.
Mas atenção ao famoso charme da Copa: diante dos vendéens, Luis Enrique aposta em uma equipe muito jovem, com Ndjantou, Boly e Renato Marin entre os titulares. Os dois últimos, inclusive, disputam seus primeiros minutos como profissionais pelo PSG. Aliás, nunca na história recente do clube os jogadores formados na base com menos de 22 anos haviam atuado tanto. Nesta temporada, quase 20% do tempo de jogo disponível é ocupado por um “Titi”.
Berlado, Zabarnyi e Hernandez formam a defesa; Warren e Mayulu atuam no meio ao lado de Ndjantou; e Doué, Dembélé (capitão) e Ramos no ataque. Inclusive, é o português quem cria a primeira chance da partida, com uma cabeçada muito alta, mas que não acerta o alvo (9’).
Após um susto para Boly, é Zabarnyi quem desperdiça uma finalização após um escanteio bem cobrado para a segunda trave (21’). Os parisienses dominam a partida, mas precisam permanecer atentos diante de um time de Vendée muito (até demais?) aguerrido. A brecha surge alguns instantes depois, quando Dembélé rompe pelo meio-campo e percebe a movimentação perfeita de Doué em profundidade. O camisa 14 do PSG não desperdiça o mano a mano contra Renou e finaliza cruzado para abrir o placar (0–1, 25’).
Boly acaba sendo obrigado a deixar o campo, Neves entra em seu lugar e Mayulu passa a atuar pelo corredor direito (30’). Os Rouge et Bleu não se deixam abalar e rapidamente ampliam o placar. Ramos, puxado pelo calção, sofre o pênalti, que Dembélé converte com um chute de pé direito, rasteiro (0–2, 33’).
Na volta do intervalo, após mais uma substituição, com Ndjantou, lesionado, dando lugar a Jangeal, Doué incendeia a defesa adversária e quase marca um gol antológico, mas os vendéens salvam milagrosamente em cima da linha (52’). O milagre não se repete instantes depois, quando Ramos, livre diante do gol, aproveita um cruzamento de Mayulu para marcar o terceiro da noite (0–3, 53’). O próprio Ramos, sempre oportunista, permanece na área adversária quando um passe para trás muito mal executado o encontra; ele dribla o goleiro e amplia ainda mais a vantagem (0–4, 58’).
Neste segundo tempo, Noah Nsoki se junta a Boly e Marin na lista das estreias: ele entra em campo para disputar seus primeiros minutos como profissional, um novo símbolo da confiança que Luis Enrique deposita no Centro de Formação parisiense.
Mesmo com os jogadores do clube da capital insistindo em seguir levando perigo ao gol adversário, a equipe da N3 acaba resistindo e não sofre mais gols. Assim, nossos Rouge et Bleu encerram o ano mais bonito da história do clube com uma vitória que os leva às oitavas de final da Copa da França e rumo a 2026! E se fosse para destacar apenas uma estatística: o Paris soma 50 vitórias em todas as competições em 2025, o maior total da história considerando todas as competições para uma equipe da Ligue 1 em um mesmo ano civil, e também para uma equipe do top 5 europeu desde 1º de janeiro. Que venha a sequência!