O primeiro jogo dessa nova aventura, poucas semanas após a conquista da UEFA Champions League, teve ares de continuidade. Antes de enfrentar adversários de outras partes do mundo, o PSG teve que encarar uma equipe do nosso velho continente: o Atlético de Madrid, já conhecido por ter sido adversário na fase de grupos nesta temporada.
E, ainda na mesma linha de continuidade, Luis Enrique escalou um time titular muito parecido com o que jogou em Munique há 15 dias. Com uma única exceção: Gonçalo Ramos começou como titular no comando do ataque, no lugar de Dembélé, que está lesionado.
Após os primeiros quinze minutos de observação, a engrenagem parisiense começou a funcionar. A posse de bola passou claramente a ser vermelha e azul sob o sol californiano. Os jogadores do clube da capital foram os primeiros a criar perigo, e logo foram recompensados por Fabián Ruiz — que também parece gostar da continuidade.
Doué acelerou e encontrou Kvaratskhelia, que dominou dentro da área, de costas para o gol. Ele segurou no tempo certo antes de tocar para Ruiz, que chegou batendo de primeira com o pé esquerdo, rasteiro, vencendo Oblak. O Paris já estava na frente (1 a 0, aos 19 minutos). O ritmo foi retomado: a inteligência no posicionamento dos nossos meio-campistas, a ousadia dos nossos atacantes, o trabalho da nossa defesa... Todos os elementos estavam ali, levados para os Estados Unidos, e colocados em prática logo nesse primeiro jogo.
O Paris controla a partida e dá poucas esperanças ao adversário. Apenas uma breve ameaça surgiu na primeira etapa, com uma incursão isolada dos madrilenos, mas, no contra-ataque seguinte, o PSG castigou. A transição foi rápida: Vitinha avançou pelo centro e teve a opção de passar para Kvara à esquerda ou Doué à direita. Os movimentos de seus companheiros abriram espaço, e o português finalizou de direita, no canto oposto, sem chances para Oblak (2 a 0, aos 45+2).
Mesmo com os automatismos funcionando, com um coletivo parisiense forte e coeso, não se pode relaxar — especialmente contra equipes tão experientes quanto o Atlético. E os Colchoneros chegaram a descontar, ou ao menos acharam que sim, quando Álvarez finalizou cruzado diante de Donnarumma. No entanto, o árbitro anulou o gol após revisão no VAR, por uma falta de Koke sobre Doué no início da jogada (60’).
Os duelos ficaram mais duros, o jogo ficou tenso, e Clément Lenglet acabou expulso por reclamação no fim do jogo (78’). Em desvantagem numérica, os madrilenos ainda tentaram pressionar, mas não conseguiram abalar os parisienses. Melhor ainda: os Rouge et Bleu marcaram o terceiro gol, mais uma vez sob o signo… da continuidade!
Senny Mayulu, que havia entrado em campo um pouco antes, aproveitou uma bola mal afastada pela defesa adversária para finalizar de pivô e vencer Oblak (3 a 0, aos 86 minutos). Depois, Lee cobrou pênalti e converteu, fechando a goleada parisiense (4 a 0, aos 90+7).
Uma vitória impressionante, que dá um início perfeito à campanha mundial dos campeões da Europa, antes do confronto contra o Botafogo nesta quinta-feira, pela 2ª rodada.